terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Hurt

"And you can have it all." 

Depois de ter visto o filme Walk the Line há uns anos atrás fiquei fascinado por este artista, Johnny Cash. Interpretações no à parte (excelentes excelentes) fiquei rendido à sua paixão pela June, ao seu talento e à sua energia (e à sua loucura).

Um homem de coração despedaçado mas que conseguiu encontrar-se no tempo e no espaço com o seu destino, preencheu o vazio que sentia desde que a viu. E desde então o puzzle ficou completo, o mundo acabou por fazer sentido e a vida teve um propósito. Mas June morreu antes, e a dor sente-se na voz quando canta esta bela versão de uma música dos Nine Inch Nail's, "Hurt".


E quem me dera poder presenciar amores como este nos dias que correm e poder ouvir mais músicas como esta, que têm tudo, tudo o que se espera de uma música: que nos toque e se sinta o que se canta.

domingo, 8 de janeiro de 2012

I came to Love you anyway

Lonely Boy.

It keeps me waiting.


But I came to love you anyway.

I got a love that keeps me waiting.

2012

Ano Novo, Template Novo. No blog, não na vida. 

Não é assim, não é depois das doze badaladas que mudamos a nossa vida, a nossa maneira de pensar, a nossa forma de estar na vida e com os outros. Não é na urgência da passagem de ano que tudo se resolve, que tudo muda. O que mudou desde esse momento? Teria de mudar, assim, com um simples escalar dos dedos (ou um gole no flute do champanhe/champomi)? Levamos a vida como se não tivéssemos tempo para pensar nela e não é no meio de passas (a fruta, claro) e de champanhe que temos um vislumbre revolucionário sobre os nossos objectivos de vida (ou serão objectivos de curta duração?). 

Nunca entendi bem a necessidade do ser humano de comemorar como se não houvesse amanhã a passagem para um novo ano. Pelo que dizem, até nem haveria motivos para festejar a entrada de 2012. Cortes, austeridade, crise, etc, etc, etc. Afinal, a palavra esperança também está na cabeça dos portugueses, segundo a votação para a eleição da palavra do ano 2011. Acho que sempre esteve. Neste momento, será esta que aparecerá mais vezes no pensamento, por entre as brumas das depressões, desesperos, angústias? De uma coisa tenho a certeza: o país precisa é de fogo de artifício! (humm.... mas não é isso que tem havido todos os dias na nossa sociedade, melhor, na nossa política que teima em focar-se naquilo que não é o mais importante? Estamos tão habituados a isso que já nem ligamos.)

E que 2012 seja o um ano inesperadamente maravilhoso para todos! (nem que seja para calar os 163427 convictos experts em prognósticos/previsões de coisas imprevisíveis - a semelhança aos bruxos não é coincidência).