domingo, 22 de julho de 2012

Internet Addiction

É por estas e por outras que tento não ir à internet, especialmente ao facebook, depois do jantar...


.... o que me faz lembrar deste artigo que li ontem (e do pessoal que conheço que passa os almoços e jantares agarrado aos seus cintilantes iphone e gadgets de consumismo similares):

http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2175230/Too-time-online-lead-stress-sleeping-disorders-depression.html

quinta-feira, 8 de março de 2012

Um anúncio da caixa mágica que ficou.

Há coisas que vemos na caixa mágica e que nos marcam. Três coisas fazem deste anúncio um dos que ficou na minha memória (e considerado um dos melhores de sempre): - as bolas saltitantes da nossa infância (o que eu fazia por ter aquelas bolas!) - uma cidade que tenho/preciso/quero visitar - uma música sublime. (Mas não me fez comprar a televisão :p)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

É a Saudade...

... que me prende a Portugal, esse sentimento especial (nostálgico, agudo e desconcertante por vezes) escrito numa única palavra (muito Portuguesa, pelo que dizem).


... mas já chega...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Se não for indiscrição...

.. o que te prende a Portugal?

Fazem-me (e oiço por aí) esta pergunta vezes sem conta quando estou fora de Portugal por motivos profissionais e quando tenho uma data de regresso. O que é engraçado é que acontece mais quando estou em Angola... todos querem voltar mas ninguém quer assumir isso. Querem que os outros também fiquem, como que em solidariedade.

Acho que resposta está neste grande filme, "Up in the Air". É fácil perceber porquê.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Dia dos Namorados (Desnaturados)

Dia dos Namorados... humm... sempre me causou um ataque de urticária aguda quando oiço esta frase e quando se aproxima a data lembro-me sempre das mesmas coisas.

É nesse dia que a crise não existe, é nesse dia que os restaurantes inventam desesperadamente menus eloquentes com refeições afrodisíacas e que (surpresa das surpresas) levam os casalinhos todos em fila lá para dentro, como cordeirinhos bem amestrados pela sociedade do consumismo, é nesse dia que se nos fazem lembrar que há tantos passeios e actividades que podemos fazer com a pessoa amada, é nesse dia que muitos hotéis com suposto charme têm as camas ocupadas foram da época alta (lá se vai o negócio das casas de alterne e das pensões baratas nesses dias... coitados...não merecem tão coisa, com a crise que existe...). É nesse dia que muita coisa acontece. 
  
E nos outros 364 dias do ano? Que é feito da surpresa, da ideia de ir jantar apenas e simplesmente porque apetece passar tempo de qualidade com a outra pessoa, do que é feito das ofertas de flores e outras oferendas características desse dia num outro dia qualquer do ano? Do que é feito do chegar a casa e largar tudo e ir dar um beijo e olhar a outra pessoa nos olhos e dizer que tem saudades dela, em vez de ir a correr pegar no comando porque o Benfica vai começar a jogar? E pensar num fim de semana para quebrar a rotina, para sair, fazer planos, não? Se se ama, não é preciso haver um dia para comemorar esse sentimento de união, para se planear com a outra pessoa uma coisa diferente. Se assim fosse... coitados de nós.

Não critico quem comemora o dia dos namorados mas sim quem tem o descaramento de descurar a relação nos outros dias do ano, a pensar que nesse dia (e no aniversário porque pode-se dar uma jóia e pronto - se calhar até resulta...) irá compensar o que não fez em 360 e tal dias no ano. Namorados(as) desnaturados(as), isso sim. E tenho pena de quem, do outro lado, se contenta com isso.
 
(lembrei-me de um bom filme para se ver agarradinho no tempo frio que está em Portugal - Love Actually)
 


Amor e Pieguice

Parece que podem estar de mãos dadas estas duas palavra. Depois do nosso brilhante e ilustre (e insensível quanto baste) primeiro ministro (eu sei que é com letra maiúscula mas nesta terra não há políticos, dos "partidos de gravata", que mereçam ser tratados com maiúscula) Passos Coelho ter dito esta brilhante frase, que temos que ser menos piegas, lembrei-me logo na associação que essa palavra tem com todas as formas de mau tratamento do ser humano (por exemplo, nos tempos da escola).

Oh meus amigos. É claro que podemos ser piegas, faz parte. Sejamos piegas mas unidos, contra os que nos dizem para não o ser. Em primeiro, é um país democrático e eu se quiser ser piegas sou e acabou. Quando os "não piegas" forem afastados (não sei porque é que esses "não piegas" andam sempre com carradas de seguranças e polícia atrás..), quero ver o que é que eles dizem de quem é a culpa (porque parece que há sempre culpados para tudo...) e depois.... por favor, não sejam piegas.

Ah, mas a relação disso com o amor? É esta notícia do Inimigo Público:

Passos Coelho acaba com a celebração do Dia dos Namorados para tornar os portugueses menos piega.

;)

É o Amor, Sr. Valentim

Não conseguimos chegar a uma definição única. Nunca chegaremos. Nem faria sentido, perderia o encanto. 

Não faz mal porque o facto de cada um de nós o sentir de maneira diferente e de termos conceitos diferentes é que torna essa palavra tão concreta e ao mesmo tempo tão indefinível e tão carismática. Mas isto não nos impede de fazermos juízos injustos aos outros quando dizem que amam: porquê, tens a certeza, cuidado, não deve ser amor, deve ser só paixão, etc etc, coisas que se dizem...

Para quê isto? digo eu. Não basta apenas ouvir aquilo que o outro sente (porque se resume "apenas" a isto, é um sentimento, não uma equação matemática) sem termos que, num acto de puro egoísmo e incompreensão, olhar para nós mesmos numa tentativa de relacionar o que ouvirmos com a nossa própria experiência, com o que alguma vez sentimos ou vivemos para encontrar um padrão, uma semelhança para servir sustento para a nossa opinião (conselho!?) ao outro?

Sentir. Apenas isso. Não há que questionar porquê. Não vale a pena. Deixai-os amar, sentir, errar, corrigir, viver.. é para isso que a vida serve.




domingo, 5 de fevereiro de 2012

De volta às grandes bandas sonoras

Não dá, não dá para ficar indiferente a este clip que aparece no filme de David Fincher (este grande mestre do cinema), The Girl With the Dragon Tatto (ou melhor, Os Homens que Odeiam as Mulheres, que é a correcta tradução do título do livro sueco para português, raio dos americanos que traduzem tudo para o que lhes apetece :p) na sequência inicial do título do filme.


Para além de ser completamente a alucinado, marado, tresloucado mas visualmente incrível, tem por detrás uma música excelente, composta e interpretada por artistas que eu gosto imenso e que onde tocam tudo se transforma num delírio artístico. Trent Reznor (e Atticus Ross) e com a voz da vocalista dos Yeah Yeah Yeahs, Karen O., tornam esta cover dos Led Zeppelin, "Immigrant Song", numa malha de se lhe tirar o chapéu. Já há muito tempo que não via uma música de início de um filme tão poderosa. Talvez as que me marcaram mais foram as dos filmes Matrix (se bem que não me lembro exactamente se havia música inicial mas a banda sonora é potentissíma) e dos filme James Bond (aqui sim, sempre músicas incríveis no início e que ficaram para a posterioridade, tais como as músicas de Tina Turner e Garbage, por exemplo, ainda na era Pierce Brosnan). 

É assim, não há discussão, os grandes filmes têm sempre grandes bandas sonoras.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

E esse grande centro cultural em Lisboa

E tudo isto por causa de duas exposições que vi antes de regressar a Angola.

Lembro-me da altura em que o Centro Cultural de Belém estava a ser construído. Diziam que era muito arrojado, falando de arquitectura, que não se enquadrava na área envolvente, etc. etc. Como em todas as obras arrojadas (ou quase todas, lembro-me assim de repente - porque será - da Casa da Música que ainda não está bem aceite pelos portistas), demoram sempre um tempo até serem consideradas marcos da cidade.

Penso que o CCB está lá, está muito bem, e acima de tudo tem vindo a fazer um "serviço público" notável, através da arte, pela arte e por Portugal (ok... talvez mais pelos Lisboetas...). Não vou, porque não sei, comentar o trabalho da direcção desse grande centro cultural mas vendo de fora, parece-me que resultou.


E quando lá fui, um fim de semana antes de viajar para Angola, é que me dei conta do que tenho perdido (é sempre assim não é?!...). Neste caso, no Museu Colecção Berardo. Mas felizmente consegui ir ver estas duas exposições que estavam na minha to do list há algum tempo: "A Arte da Guerra - Propaganda da II Guerra Mundial" e "Vik", uma retrospectiva do trabalho do artista plástico Vik Muniz.


 Na guerra, jogo psicológico é o que também não falta.


"Avant Camarades!!!" - cartaz com mais de 60 anos mas com uma leitura contemporânea interessante :)


Depois de ver os trabalhos de Vik (e os vídeos deliciosos de como foi o making of  de algumas obras), nos quais ele usa materiais não muito convencionais e métodos de impressão estranhas para mim, fiquei rendido ao seu talento. Acho que é fácil depois de se sentir com tanta força a sua imaginação e criatividade.

Com sucata... retratando as pessoas que vivem no meio da sucata, no Brasil...


... e as cópias de quadros famosos como "A Noite Estralada" de Van Gogh mas com materiais que não lembram a ninguém.


 Adoro as caras e expressões que as pessoas fazem nos museus :p


E um mapa mundo verdadeiramente original, com material informático deitado fora (torres de computadores, teclado, etc.).  Sim senhor, grande artista. E assim já gosto mais de arte contemporânea (que diga-se de passagem, tem que se lhe diga para se conseguir apreciar pelo comum mortal, em muitos casos).


E a experiência de se admirar uma obra de arte juntamente com outras pessoas é metade da experiência de um museu. Um museu vazio é um museu sem alma.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Hurt

"And you can have it all." 

Depois de ter visto o filme Walk the Line há uns anos atrás fiquei fascinado por este artista, Johnny Cash. Interpretações no à parte (excelentes excelentes) fiquei rendido à sua paixão pela June, ao seu talento e à sua energia (e à sua loucura).

Um homem de coração despedaçado mas que conseguiu encontrar-se no tempo e no espaço com o seu destino, preencheu o vazio que sentia desde que a viu. E desde então o puzzle ficou completo, o mundo acabou por fazer sentido e a vida teve um propósito. Mas June morreu antes, e a dor sente-se na voz quando canta esta bela versão de uma música dos Nine Inch Nail's, "Hurt".


E quem me dera poder presenciar amores como este nos dias que correm e poder ouvir mais músicas como esta, que têm tudo, tudo o que se espera de uma música: que nos toque e se sinta o que se canta.

domingo, 8 de janeiro de 2012

I came to Love you anyway

Lonely Boy.

It keeps me waiting.


But I came to love you anyway.

I got a love that keeps me waiting.

2012

Ano Novo, Template Novo. No blog, não na vida. 

Não é assim, não é depois das doze badaladas que mudamos a nossa vida, a nossa maneira de pensar, a nossa forma de estar na vida e com os outros. Não é na urgência da passagem de ano que tudo se resolve, que tudo muda. O que mudou desde esse momento? Teria de mudar, assim, com um simples escalar dos dedos (ou um gole no flute do champanhe/champomi)? Levamos a vida como se não tivéssemos tempo para pensar nela e não é no meio de passas (a fruta, claro) e de champanhe que temos um vislumbre revolucionário sobre os nossos objectivos de vida (ou serão objectivos de curta duração?). 

Nunca entendi bem a necessidade do ser humano de comemorar como se não houvesse amanhã a passagem para um novo ano. Pelo que dizem, até nem haveria motivos para festejar a entrada de 2012. Cortes, austeridade, crise, etc, etc, etc. Afinal, a palavra esperança também está na cabeça dos portugueses, segundo a votação para a eleição da palavra do ano 2011. Acho que sempre esteve. Neste momento, será esta que aparecerá mais vezes no pensamento, por entre as brumas das depressões, desesperos, angústias? De uma coisa tenho a certeza: o país precisa é de fogo de artifício! (humm.... mas não é isso que tem havido todos os dias na nossa sociedade, melhor, na nossa política que teima em focar-se naquilo que não é o mais importante? Estamos tão habituados a isso que já nem ligamos.)

E que 2012 seja o um ano inesperadamente maravilhoso para todos! (nem que seja para calar os 163427 convictos experts em prognósticos/previsões de coisas imprevisíveis - a semelhança aos bruxos não é coincidência).