quarta-feira, 31 de março de 2010

Efeito Summer


"This is a story of 'boy meets girl'", o narrador diz, terminando o seu discurso introdutório do filme (500) Days of Summer com "This is not a love story, this is a story of love".

Não sabia bem do que este filme tratava antes de o decidir ver. Apenas sabia que, por alguma boa razão, estava nomeado para melhor filme na categoria de comédia/musical dos globos de ouro deste ano. Ahh, e depois vi que também esteve presente no festival de Sundance (palavras para quê) de onde saem sempre grandes malhas. E este não foge à regra!

No outro dia, mesmo antes de começar uma nova semana de trabalho, vejo este filme que ficou na minha cabeça e certamente que ficará durante muito tempo como um dos meus favoritos no estilo. Não é um conto de fadas nem uma comédia romântica pirosa. É actual, jovem, carismático, divertido e... que nos toca e com o qual nos identificamos. A história cativante, muito bem contada e despretensiosa em torno da ligação entre as duas personagens principais com desejos antagónicos. Existem certezas e dúvidas sobre todos aqueles sentimentos cuja definição não está nos compêndios, existe a raiva pelos greeting cards e até existem as idas ao IKEA (onde é que eu já vi isto). Não costumo querer rever filmes (há tantos para quê perder tempo com os que já estão vistos... mas este veio abalar esta teoria) mas este fez mexer o meu braço, mão e dedo que queria carregar de novo no play. E a banda sonora? Magistralmente adaptada ao filme, com a senhora Regina Spektor em grande destaque (e a tão badalada esposa do presidente Sarkozy) com músicas brilhante para mim como a Hero e a Us.


Este é, provavelmente, o post mais "rábiló" que escrevi... mas que se lixe.

segunda-feira, 29 de março de 2010

The Working System

No outro dia encontrei esta imagem no blog thedailywh.at e pensei "Era isto que me faltava para explicar o que sinto em muitos dos meus dia de trabalho."




domingo, 28 de março de 2010

Noite de Nouvelle Vague

Não, não senti, à saída o "Ahh, que espectáculo!" depois de ter assistido ao concerto dos Nouvelle Vague no Centro Cultural Olga Cadaval, na passada 6ª feira. Gostei só um bocadinho assim... É pena porque têm músicas tão engraçados! Para mim o concerto resumiu-se numa das vocalistas a tentar passar a ideia que ela é uma cantora cheia de energia (tresloucada?) e nas suas incursões pelo mundo histérico, apesar da sua voz doce.



E depois a ânsia em pegar no público e pô-lo a fazer algo, bater palmas, cantar, levantar, etc, coisa que eu não percebo (a não ser pelo grande medo de adormecer o preguiçoso e tímido público.) Não serão atitudes normais e naturais do público que está a gostar do que está a assistir? Sim! Então por que é que se impõe? Só queriam forrobodó! E depois o facto de pegarem (e abusaresm) em covers para puxar, novamente, pela interacção do público, como se as suas músicas originais não fossem boas... bahhh. Not good!


sexta-feira, 26 de março de 2010

Constrangimento

Em grupo. A falar sobre algum assunto. Num dado instante, alguém diz alguma coisa, alguma opinião, geralmente numa frase. Os outros ouvem e a conversa morre, acaba ali, ficam todos num tom de "Pois é...", olham para o chão, desligam; silêncio. Detesto quando isto acontece. É muito desconfortável. Não se sabe por que é que a conversa acabou, se foi porque o que foi dito não tinha interesse, se foi porque a conversa tinha que acabar, etc. Só sei que é muito constrangedor, principalmente quando se passa entre pessoas que não se conhecem muito bem.

Pensar é viver

"A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar" - Livro do Desassossego, Bernardo Soares.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Mayra

Até ao dia 1 de Agosto de 2009 não conhecia Mayra Andrade. Nesse dia foi-me oferecido o novo álbum desta cantora e eu, que já não recebia um CD original há anos (mas também não faço downloads ilegais, nem pensar, qual menino bem comportado), entrei em êxtase por tirar o celofane de um CD novinho em folha.



E que maravilha de música aquele CD escondia! Como consequência, fui ao concerto no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, há umas semanas e gostei bastante! No fim, como seria de esperar, o pessoal já estava de pé a dar à anca ao som das músicas mais mexidas.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cantigas de uma Noite de Verão

No outro dia fui ver esta peça "Cantigas de uma Noite de Verão" no teatro da Trindade. Fico sempre com receio quando tento escolher uma peça de teatro para ver. Não quero nada pesado, muito melodramático e confuso. Com estas, costumo fazer uma digestão difícil. Por isso, indo principalmente pelo nome e depois de ter visto que estava recomendada numa revista de eventos culturais de Lisboa (sim, tive que ler um pouco sobre a peça para ir sem receios), fui e acabou por ser uma peça cheia de emoções.


Recomendo vivamente. Recomendo vivamente também que se leve uma almofadinha para a cabeira, que é tudo menos confortável, e também peças de roupa tipo T-Shirt (ou top para as senhoras) porque lá para o meio está um calor que não se pode (que, infelizmente, nos distrai e tira-nos um pouco a paciência). Os actores, fantásticos, entregam-se de corpo e alma à peça. Com eles partilhamos os vários sentimentos que nos transmitem. Ah, e levem tampões para os ouvidos para se protegerem dos gritos da actriz Andreia Bento em certas cenas... vai lá vai! É com estas peças que me dá vontade de ir ao teatro mais vezes.


sexta-feira, 19 de março de 2010

Hubble

Parece que teremos em breve uma outra incrível experiência 3D nos cinemas e desta vez com um tema que me fascina profundamente!



quarta-feira, 17 de março de 2010

Florence and the Machine

Não sei como é que eu perdi o concerto de ontem na Aula Magna dos Florence and the Machine... não me posso descuidar um bocadinho... com sorte ainda vêm a alguma festival de Verão. Isso é que era...


Crise em crise

Reflexão: porque é que eu vejo tantos carros novos e de gamas superiores à minha volta, porque é que todos os concertos onde fui (pagos) estão sempre esgotados, porque é que há carradas de people que vai e vem de carro para o emprego, porque é que há cada vez mais pessoas a viajar para o estrangeiro nas férias, porque é que os restaurantes de Lisboa estão sempre cheios??

sexta-feira, 5 de março de 2010

Noite de cinema

No meu tempo de estudante, na altura em que ficar acordado até tarde era mais que habitual, quase um ritual, a noite da entrega dos Oscars não era excepção. Era uma noite diferente, sentado em frente à TV, a comer qualquer coisa que apanhasse à mão, embora geralmente fosse chocolates, batatas fritas, enfim, coisas claramente saudáveis, e a vibrar com cada declaração do vencedor.

Agora já não é assim... por algumas razões. Por um lado, a noção que a eleição de O melhor está muito ligada ao "desporto" mais praticado nos EUA, o lobby. Os grandes estúdios apostam milhões para que o seu filme esteja na lista da frente da corrida aos Oscars por isso, só por si, representa depois um acréscimo do número de espectadores nas salas de cinema e na compra de DVDs, etc. Não gosto destes esquema. Por isso começei a dar mais atenção aos prémios de cinema menos pomposos, aos outros festivais que ao longo do ano se realizam. É claro que estes também não estão livres de sofrerem do mesmo mal, agora ou no futuro, mas como são menos famosos, e talvez mais independentes de Hollywood, talvez se consiga ter um rigor maior na escolha dos nomeados e vencedores. Por outro lado, não ando com pachorra para estar a bater com a cabeça no teclado o dia todo de 2ª feira e a matar neurónios (aqueles que me ajudam a escolher quais os bons filmes a ver, por exemplo) apenas por causa de uns prémios que até posso ver depois (se alguém me gravar :p).

Mas, no outro lado da moeda, está aquela mística em torno do cinema, aquela arte que nos vai fascinando e maravilhando a cada abençoada 5ª Feira e é por isto que não desligo completamente. Dou por mim a contar os dias para a divulgação dos nomeados e dou por mim a contar as noites que faltam para a entrega dos prémios, apesar de saber que não vou assistir à cerimónia em directo e que só irei conhecer os vencedores assim que acordo com o meu rádio-despertador "E ontem foi a grande dos Oscares. O grande vencedor desta edição foi .... Avatar.". É previsível não? Aqui vão as minhas apostas, a vermelho, e os meus desejos, a azul :)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Noites de Mirtilo

No outro dia vi o filme My Blueberry Nights. Não é uma obra prima da 7ª arte mas também não é, de todo, um filme que esquecemos pouco tempo depois. É um filme sobre o amor, a separação, os encontros e desencontros, a perda e a procura. Por mais que não queira dar o braço a torcer, tenho que ser sincero e dizer que o Jude Law até é bom actor. Ao lado da Norah Jones, que por sua vez também não está nada mal (ok, ela também não tem um papel que puxe muito por isso), Jude Law é intenso na sua naturalidade. Depois, uma das minhas actrizes fetiche (apenas cinomatograficamente falando) Natalie Portman compõe o ramalhete (nunca percebi bem esta expressão... será mesmo só por causa dos Maias?!).


"As Minhas Noites de Mirtilo" (pelo menos quero pensar que título em português ficaria bem assim, estranho :p) tem uma estética Nova Iorquina cool, imagens típicas dos filmes filmados à noite, nos bares, com diálogos calmos e com uma agitada sucessão de sentimentos, com cores no ecrã que nos chama para o filme e nos envolve sem quase darmos conta. Não sou nenhum expert nisto mas gostei bastante da maneira como foi filmado e da fotografia, simples, talvez, mas agradável e bem adequada à história.