quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O Pestinha

Há uma semana atrás estava eu de regresso a Lisboa e escrevi isto. Como não tinha ligação à net e porque depois me desleixei, aqui vão estas divagações.

Estou a caminho de Lisboa, desta vez pelo Intercidades em vez do Alfa. E tinha que escrever este post porque sinto que é meu dever dar o alerta para os passageiros destes comboios. Um conselho se querem descansar, ler ou até ouvir música: optem pelo Alfa. Digo isto não porque é desconfortável ou qualquer coisa do género (à parte de não se conseguir colocar o PC portátil nas ridículas prateleiras que saltam das costas do banco da frente) mas apenas porque a probabilidade de encontrarmos um miúdo que não acaba as pilhas durante o caminho todo (mesmo todo) é muito maior. Essas pestinhas vão durante todo o caminho a saltar, falar, gritar, correr, a desafiar as leis da gravidade no meio do corredor e até tocar nas pessoas dos outros bancos, sendo os avós babados, e talvez um pouco embaraçados, impotentes perante tal força humana em ponto "pequerucho". A mim calhou-me um que devia ter mais ou menos oito anos. Tinha mesmo pint a de pestinha: cabelo despenteado, desdentado, com sardas e tudo e muito eléctrico. É uma boa dica para a próxima: não entro na carruagem com miúdos com estas características. Deveria poder pedir reembolso. É incrível como estes pequenos indivíduos geram um clima de medo nas pessoas à volta. A impaciência vai crescendo à medida que o tempo passa. Talvez seja por serem os avós que o acompanha na viagem e ele saber que pode fazer o que quer e lhe apetece. Eu até gosto de crianças... Até tenho medo que me calhe um destes se vier a ser pai. Podiam inventar uma ecografia que catalogasse os rebentos de acordo com a sua personalidade, para o bem da humanidade. Depois crescem, são hiperactivos, não conseguem dar atenção a tudo, gera frustração, não conseguem ter uma relação estável nem um trabalho onde se sintam bem, acabam marginais, etc etc, isso é certinho!

(...e ainda não parou quieto... ok, sentou-se agora..oh pronto, já se levantou outra vez)

(Brilhante, o avô perguntou se o revisor não tinha um cinto para o banco para poder amarrar o miúdo porque as pilhas não acabam. Priceless!:p Isto faz-me lembrar que os avós deviam ter um subsídio para cuidar dos netos... não os encomendaram e ainda por cima têm que levar com eles o dia todo. Que injustiça :p)

3 comentários:

Sadino disse...

Devia ser perimitido juntar caçadeiras com miúdos rebeldes, estilo shoot 'em up...

Unknown disse...

Isto é publicidade que se faça????

Hugo disse...

Quanto às caçadeiras, acho que depois seria um bocadito sujo... para o pessoal da limpeza seria desagradável.

Mas isto é da melhor publicidade que se faça, pelo bem do Alfa!