terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Woody is back

Tenho que confessar que fui daqueles que dizia que Woody Allen não realizava grandes filmes, que as suas histórias eram muito paradas (até ver um filme de Manoel de Oliveira). Mas fui daquelas pessoas que criticava, ou pelos menos dizia que não gostava, sem antes ter visto. Mas, numa tentativa de perceber o que dizia (é o mínimo), vi o filme Small Time Crooks há uns anos atrás e que, mesmo não sendo uma obra prima nem um dos melhores do seu reportório, me prendeu aos encantos dos enredos das histórias de Woody Allen. Desde então, ainda não perdi nenhum. E nunca fico desapontado. Desta vez foi o Whatever Works, que estreou em Portugal há pouco tempo.





É um estilo de cinema onde a história é focada nas pessoas, nas suas vidas normais, nas suas crises existencialistas, nos temas que todos nós falamos ou pensamos no nosso dia a dia. Vale sempre a pena ver os filmes deste Senhor, quer queiramos levantar o "astral" quer queiramos ficar estupefactos pelos discursos e ideias acutilantes que atingem sem qualquer piedade a nossa consciência sobre as nossas acções, quer queiramos chorar ou rir (mais provável). O mais certo é que haverá sempre um sentimento de identificação com a história, quer seja connosco quer seja com alguém que conhecemos, não pelas acções mas pelos valores.