Dia dos Namorados... humm... sempre me causou um ataque de urticária aguda quando oiço esta frase e quando se aproxima a data lembro-me sempre das mesmas coisas.
É nesse dia que a crise não existe, é nesse dia que os restaurantes inventam desesperadamente menus eloquentes com refeições afrodisíacas e que (surpresa das surpresas) levam os casalinhos todos em fila lá para dentro, como cordeirinhos bem amestrados pela sociedade do consumismo, é nesse dia que se nos fazem lembrar que há tantos passeios e actividades que podemos fazer com a pessoa amada, é nesse dia que muitos hotéis com suposto charme têm as camas ocupadas foram da época alta (lá se vai o negócio das casas de alterne e das pensões baratas nesses dias... coitados...não merecem tão coisa, com a crise que existe...). É nesse dia que muita coisa acontece.

Não critico quem comemora o dia dos namorados mas sim quem tem o descaramento de descurar a relação nos outros dias do ano, a pensar que nesse dia (e no aniversário porque pode-se dar uma jóia e pronto - se calhar até resulta...) irá compensar o que não fez em 360 e tal dias no ano. Namorados(as) desnaturados(as), isso sim. E tenho pena de quem, do outro lado, se contenta com isso.
(lembrei-me de um bom filme para se ver agarradinho no tempo frio que está em Portugal - Love Actually)
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